O capítulo lido retrata-se de três questões
que nos últimos vinte anos foram o ponto chave da problemática do ensino e da
formação de professores em grande parte dos Países ocidentais. Onde o autor irá
frisar os saberes profissionais dos professores e como anda a formação
acadêmica dos futuros professores, e ainda qual relação deveriam existir entre
ambos. Tardif traz em discussão que é necessário que haja uma reflexão sobre a
epistemologia da prática profissional do docente, no qual eles devem
autoformar-se e reciclar seus conhecimentos, mesmo após seus estudos iniciais
na universidade, e nunca se esquecendo de avaliar-se e avaliar o outro, pois só
os profissionais podem avaliar como esta o trabalho dos seus companheiros,
podendo ate sugerir formas de como melhorar.
O texto também nos mostra que os
saberes profissionais são construídos aos poucos, com pesquisas, reflexões e
prática do trabalho docente, esses saberes são adquiridos com o tempo.
Primeiramente por que na maioria das vezes o que os professores sabem sobre
ensino é o que eles vivenciaram como alunos e depois alguns desses professores
quando passam pela formação acadêmica não modificam em nada as suas crenças
anteriores sobre ensino, e por isso os primeiros anos de prática são decisivo
para que esse profissional sinta-se capaz. O texto deixa claro que não se pode
confundir saberes profissionais com conhecimentos adquiridos na formação acadêmica
e não se pode fazer da prática profissional um espaço de aplicação de tais
conhecimentos.
Os professores tentam atingir vários
objetivos em sala de aula, porém muitas vezes não conseguem atingir nem ao menos
um e isso porque ainda falta uma formação adequada a esses docentes, de forma
que eles ainda não conseguiram compreender que nem tudo que foi vivenciado por
ele deve-se fazer parte da sua vida profissional, há certas experiências que foram
boas a eles mais não significa que será bom a outros.
Tardif também revela no texto que os
saberes profissionais são personalizados, pois trata de saberes incorporados e
apropriados de forma que fica difícil separar as experiências de vida e
trabalho profissional. O autor questiona bastante sobre a interação humana que
deve estar embutido em todo esse processo de formação de professores já que
eles terão que trabalhar com pessoas de pensamentos e saberes diferentes, e
também porque seu objeto de trabalho serão seres humanos que trazem consigo
seus próprios conhecimentos e experiências humanas, estas que circundaram o
processo de aprendizagem dessas pessoas.
Portanto o autor fala que é necessário
que haja uma relação aluno-professor e professor-aluno de modo com que isso
contribua no processo de ensino, pois a afetividade também e um dos fatores que
esta no meio deles, sendo estes seres humanos dotados de sentimentos e emoções
diversas que podem ou não interferir no desenvolvimento cognitivo, pois se pode
até manter os alunos em uma sala de aula mais isso não significa que estes irão
aprender algo; o professor deve ser capaz de estimular esses alunos ao
aprendizado.
O capítulo 7 discute os saberes que
servem de base aos professores para realizarem seu trabalho em sala de aula.
São criticados os enfoques anglo-americanos que reduzem o saber dos professores
a processos psicológicos, que alimentam atualmente as abordagens por
competência e também se posicionam de forma crítica em relação às concepções
sociológicas tradicionais que associam os professores à agentes de reprodução
das estruturas sociais dominantes. O Destaca também que o professor segue uma
lógica disciplinar e não profissional; outra que os alunos são vistos como
tabula rasa e não como indivíduos portadores de algum conhecimento e por isso
traz 4 tarefas que deveriam ser seguidas pelos educadores.
Arlene
Porto da Costa
Referencia;
TARDIF, Maurice. Saberes Docentes e Formação de Professores. RJ,Petrópolis:Vozes,2000